Na povoação de Sandiães ergue-se a Capela de Santa Ana situada no interior de um pequeno adro murado e pavimento a calçada à portuguesa.
Na zona posterior edificaram um coreto de estrutura metálica na década de 1980, altura em que o adro foi pavimentado.
A capela é um exemplar de arquitectura maneirista e barroca, erigida nos inícios do século XVIII, de planta longitudinal composta por nave, capela-mor, sacristia, do lado esquerdo, adossada à capela-mor e sineira no vértice da frontaria.
A fachada principal de claros rebocados e pintados, exibe pilastras nos cunhais e empena delimitada por cornija, truncada no vértice para a colocação de sineira. Esta é formada por pilastras que suportam um arco de volta perfeita, decoradas nas faces por almofadas corridas e remata por cruz latina, de época posterior à da sineira. Ainda na fachada. exibe portal único, moldurada, flanqueada por postigos de vãos rectangulares e moldurados. Na empena, junto ao vértice, apresenta uma epígrafe rectangular onde ainda são visíveis, signos exteriores de um escudo de armas eclesiásticas, mas já erodidos.
Os alçados laterais, de claros rebocados e pintados, exibem cimalhas de cornija de argamassa e duas frestas de esbarro a cada lado da nave, junto dos flancos com a capela-mor, que se completam com uma terceira fresta do mesmo tipo na capela-mor, do lado Sul. Na sacristia, tem outra fresta moldurada e de verga curva e uma porta, igualmente moldurada e de verga curta.
Capela de Santa Ana-5
Capela de Santa Ana
No interior o chão, de pavimentos distintos, é de mármore na nave e madeira na capela-mor e o tecto é de forro artesoada formado por caixotões de secção poligonal.
No ano de 1844 a capela foi ampliada com a construção da capela-mor através do rompimento do arco da parede do topo e com a construção do corpo da sacristia. Dá acesso à capela-mor, um degrau de madeira, colocado sob o arco triunfal. Este, que se ergue sobre pilastras com as faces ornadas por almofadas corridas, era o arco cavado na parede do fundo do corpo original da capela, vazado quando o templo foi ampliado com construção da capela-mor.
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